Meu nome é SYLVIA REGINA DI NAPOLE HENRIQUE, tenho 49 anos e sou estudante de Canto Popular – Bateria – Prática de Conjunto e Linguagem Musical, da Escola de Música Villa Lobos, na Casa da Cultura de Joinville, assim como meu esposo (guitarra, prática de conjunto e linguagem musical) e minhas duas filhas, sendo uma de 12 (piano, coral e linguagem musical) e outra de 8 anos, que estuda na Escola de Artes Fritz Alt.

Frequento a escola há 4 anos, depois de passar horas na fila para conseguir uma vaga, porque na época ainda não existia a inscrição pela internet.

Superei todos os obstáculos para esse estudo, porque sempre foi algo que gostaria de fazer, assim como minha família, o que nos trouxe, além da satisfação pessoal, um enorme prazer em poder adquirir cultura, além de criar enormes perspectivas pessoais a cada um de nós.

Nesse momento, nos encontramos perplexos com as atitudes inesperadas e mal planejadas tomadas pelas autoridades competentes, especialmente pela interdição do local.

Desde que freqüento a Casa da Cultura, percebo que nenhuma obra de manutenção foi executada, apenas alguns reparos, que, como pudemos perceber, nada adiantaram para evitar a interdição do local.

Então, pergunto:

– por que disponibilizarem um espaço para a dita “Cultura” da cidade, se não querem que esse local seja, de fato, público, e assim o sendo com total condição de acesso e utilização?

– por que essas autoridades responsáveis pela Cultura da Cidade não deram o devido acompanhamento para que tudo estivesse em perfeitas condições de uso?

– por que essas autoridades, que no meu entender, deveriam se dedicar a Cultua da Cidade, não atenderam a tantas reivindicações feitas ao longo desses anos, de novos projetos adequados ao bom funcionamento das aulas?

– por que a verba destinada a Cultura não foi utilizada para esse fim, pois se tivesse sido, nada disso estaria acontecendo?

– por que não valorizam aqueles concursados que se dedicam a ensinar com amor e carinho tudo aquilo que levaram anos de estudo para conquistar, passando por várias etapas até poder chegar onde chegaram, sem reconhecimento? Será que as autoridades não tem interesse em valorizar os artistas joinvillenses????

Ainda questiono mais:

– por que tanta demora em iniciar as obras necessárias? Percebem que nesse ínterim mais de 1.200 alunos estão sem poder dar continuidade aos estudos, aos seus projetos de vida, decepcionados e frustrados diante de tanto descaso? É isso que queremos para nosso futuro? Crianças e adolescentes crescendo assistindo a toda essa situação e observando que “não adianta lutar por um objetivo coletivo, pois ninguém faz nada mesmo!” Onde vamos chegar com tanto descaso? E os professores, ainda tem alguns interessados em lutar pelo bem social, e esses “alguns” são merecedores de total atenção e respeito pelas autoridades competentes. Incluo nessa lista aqueles professores e funcionários, em especial, a Coordenadora da Escola de Música Villa Lobos, Sra. Patrícia S. Macedo, que mal assumiu o cargo e já enfrentou greves e, agora, a interdição, e estão lutando para conseguir sanar esses impasses sem maiores prejuízos, além dos que já tivemos e estamos tendo.

Ouve-se dizer que a Fundação Cultural está buscando encontrar espaços alternativos para locar esses alunos, ficando claro a necessidade de separar as Escolas distintamente.

Ora, isso para mim significa retroagir, pois pelo que sei, foi uma conquista difícil dessas Escolas, para poderem funcionar concomitantemente, até mesmo pela facilidade nos estudos de muitos alunos, pois podem sair de uma aula, por exemplo: linguagem musical (EMVL) e ir para o ballet (Escola Municipal de Ballet), ou como eu faço, enquanto assisto a uma aula, minhas filhas também estão locadas em suas salas de aula, em especial a menor, que faz a Escola de Artes, ou seja, todos no mesmo espaço!

Será que o dinheiro que irão gastar para locação não poderia ser investido na reforma da Casa da Cultura?

Sabemos que com BOA VONTADE e DEDICAÇÃO tudo pode acontecer!

Por isso peço, em nome de muitos pais e alunos, que tomem atitudes urgentes para tentar, ao menos, reparar essas perdas e prejuízos, executando de imediato as obras necessárias para a retomada do espaço cultural de Joinville.

Continuarei a pagar em dia nossas mensalidades, assim como sempre fizemos desde o início, pois sabemos que essa verba é destinada a manutenção do local e dos instrumentos e objetos de uso coletivo.

Aguardo um urgente pronunciamento, como cidadã e com todos os direitos que nos são consolidados pelas Leis vigentes nesse país.

Joinvile, 13 de agosto de 2011

Sylvia Regina Di Napole Henrique

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